Cérebro Pandêmico | 7 Sinais
Estamos tão ensimesmados com nossas próprias idiossincrasias que acreditamos cada vez mais que tudo gira ao nosso redor.
A pandemia nos trouxe inúmeros desafios e mudanças que por certo permanecerão. Falar em novo normal talvez nem seja o adequado, e por vezes o que teremos será uma constante repetição de não normais, ou seja, o normal terá um prazo de validade cada vez menor, porque as mudanças serão cada vez mais frequentes. E isso pede adaptação, pede resiliência, pede pensamento flexível, pede habilidades emocionais que te ajudarão a sobreviver nos diferentes ambientes, sejam eles a sua própria casa, ambientes sociais ou ambientes profissionais.
Essa soma de variáveis gera consequências na forma como nosso cérebro reage frente a esse turbilhão de acontecimentos inesperados, mudanças velozes e demandas impensadas. Toda essa instabilidade gera insegurança, medos, angústias, desesperança e tantos outros sentimentos e sensações que põe em cheque nosso estilo de vida. Mente e cérebro são afetados e sofrem os impactos da realidade, das pessoas e do mundo a partir da forma como os observamos. Um mundo pandêmico gera um cérebro pandêmico e seus impactos são percebidos com cada vez mais intensidade em cada um de nós.
Vejamos então 7 sinais que sinalizam o desenvolvimento de um cérebro pandêmico.
|01| Névoa de Esquecimento
Com tantas mudanças acontecendo simultaneamente, com tantas demandas vindas de lugares inesperados, com uma repetição atroz de estar trancafiado em casa sem por vezes poder sair, vivendo o estresse, a angústia, a insegurança, o medo da morte, isso coloca o cérebro em constante alerta e por certo seu funcionamento adequado é impactado. A memória sofre impactos mesmo por conta da insônia, que é outro fator bastante presente nos últimos tempos. Quando você não alcança um sono profundo não tem a consolidação das informações e com isso as informação não são armazenadas da forma correta. Portanto, esse certo esquecimento que começa a ser cada vez mais frequente é um sinal de um cérebro pandêmico.
|02| Esgotamento Emocional
As pessoas estão se sentindo cada vez mais cansadas, seja pelo fato de não ter uma boa noite de sono, seja pelas demandas do cotidiano, somado a toda exigência emocional que um período de pandemia pode trazer. Existe um sofrimento emocional que é agravado pouco a pouco e que não dá um respiro, não permite a recuperação, pois o tempo todo estamos em contato com notícias ruins, a proximidade com a morte, com perdas que se multiplicam em todos os ambientes, sejam elas a perda de pessoas amadas, a perda de um trabalho, de um negócio, a perda de dinheiro, do poder de compra, perdas em todos os lugares. Com isso o esgotamento emocional só aumenta, pois há muita coisa para se preocupar.
|03| Hiperestimulação de telas
Durante todo o período pandêmico fomos catapultados para nossas casas, arrancados de nossas rotinas diárias, pais, filhos, funcionários, empreendedores, autônomos. Cada um a sua maneira, todos foram impactados. Nosso estilo de vida foi totalmente comprometido, as dinâmicas mudaram, as demandas mudaram e as telas foram nosso contado com o mundo real. Se já tínhamos uma frequência exagerada de telas, com a pandemia aumentou ainda mais. Para muitos foi só o que restou, a tela é a nova janela para o mundo literalmente. Acompanhamos nossos familiares, amigos, colegas de trabalho, professores, treinadores, médicos, psicólogos e tudo o mais por uma tela. Nossa capacidade de enxergar longe foi comprometida, isso causa inúmeras atrofias que nem se quer sabemos ainda. Há tantas consequências a serem percebidas e descobertas que ainda é cedo para dizermos, mas infelizmente essa demasiada exposição por certo trará uma enorme dificuldade nas diferentes interações sociais e como nos relacionamos com o mundo real.
|04| Ausência de rotinas saudáveis
Com o advento da pandemia as rotinas deixaram de ser claras. Já não se tinha hora para acordar, ainda menos para dormir, sem hora para comer ou hora de tomar um banho, sem hora para estudar ou fazer um exercício. As rotinas antes muito bem estabelecidas em sua maioria deixaram de existir, deixaram de ser prioridade. A sobrevivência foi a palavra de ordem e nos afastamos cada vez mais do que é saudável, isso porque o ser humano precisa de rotina, a rotina traz segurança, traz tranquilidade, traz previsibilidade, a rotina organiza nossa mente, organiza nossa vida. Sem rotina ficamos perdidos e acabamos escolhendo o mais fácil, ao invés de exercitar ficamos sentados, ao invés de cozinhar pedimos comida, ao invés de conversar com alguém, preferimos estar no celular, ao invés de encontrar pessoas, entramos em ambientes virtuais, ao invés de ir para a escola temos aulas online. Nos distanciamos cada vez mais do que nos torna humanos, e não se enganem: quando não temos os pilares que nos tornaram humanos e nos mantém, rapidamente perdemos nossa humanidade.
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|05| Dificuldade de lidar com o diferente, com vontades alheias, intolerância
Estamos tão ensimesmados com nossas próprias idiossincrasias que acreditamos cada vez mais que tudo gira ao nosso redor. Eu decido tudo, da hora que vou dormir, a hora que vou acordar, decido o que vou comer e quando, decido que não quero ver ninguém e se quiser me ver, terá que ser no meu tempo. Não preciso negociar nada, tudo o que não quero simplesmente descarto da minha vida. As vontades do outro deixam de ter espaço em sua vida, não tolero mais pessoas que pensam diferente, me dirijo cada vez mais para o extremo, o caminho do meio não é mais uma alternativa. Um cérebro pandêmico produz um indivíduo extremamente individualista que não consegue enxergar além de si mesmo, a não ser para ataca-lo, para eliminá-lo se for possível.
|06| Falta de Afeto, distanciamento, individualismo
Os seres humanos são construídos e educados muito a partir das emoções, do contato, das conexões que se estabelecem. Eu te afeto, você me afeta, nos afetamos uns aos outros. Isso coloca nossas emoções em movimento: raiva, ódio, amor, alegria, frustração, ira, medo, angústia, ciúme, vergonha. Todos os sentimentos são importantes pois nos moldam como seres humanos e no contato com o outro, aprendemos a gerenciar tais emoções para que possamos viver de forma mais harmônica e saudável, seja com nós mesmos ou com o outro. Na medida em que nos distanciamos do outro, que não precisamos mais negociar nada, que tudo acontece no meu tempo, existe um embotamento das emoções, uma apatia gradativa. Nos tornamos humanos no contato com outros humanos, na verdade não nascemos humanos, nos tornamos, portanto, sem essa proximidade colocamos em risco nossa capacidade de praticar as emoções.
|07| Atrofia de habilidades emocionais
O gerenciamento das emoções é extremamente importante tanto no âmbito pessoal como profissional. Precisamos de empatia, de resiliência, precisamos de pensamento flexível, de capacidade de lidar com problemas complexos, de trabalhar em equipe. Precisamos exercitar nossa inteligência emocional e gerir cada emoção quando ela vem à tona. Um cérebro pandêmico teve toda essa dinâmica comprometida, isso porque recolhidos em nossas zonas de conforto quase não precisamos mais lidar com todas essas emoções, que estariam facilmente presentes em um ambiente de trabalho por exemplo, com colegas, chefes, colaboradores, lideres, clientes, fornecedores e mesmo amigos e familiares. O cérebro pandêmico atrofia nossas habilidades emocionais diminuindo a capacidade de estabelecer relações saudáveis com quem quer que seja.
Importante: estes são apenas alguns dos sinais de um cérebro pandêmico, temos ainda muito presente o estresse, ansiedade, angústia, medo, cansaço excessivo, um sofrimento emocional constante, o luto, a dificuldade de lidar com mudanças, a falta de objetivos, a capacidade de olhar longe, entre outros. Se você se identifica com os sinais de um cérebro pandêmico busque ajuda profissional se possível ou busque por si mesmo alternativas para se reconectar com a sua humanidade, se reconectar com as pessoas que ama, se reconectar com rotinas, com um estilo de vida saudável, se reconectar com os seus sonhos, com o seu corpo, se reconectar com a sua mente, com o que te dá prazer e te faz feliz.
Atenção: Não faça se conta que nada está acontecendo e não acredite que tudo voltará ao normal sem a sua ação, sem o seu envolvimento, sem o seu querer. Se deseja romper com o cérebro pandêmico precisa colocar-se me movimento e fazer o que precisa ser feito. E acredite você pode fazer isso.
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Odair Comin | Psicólogo e Hipnoterapeuta |
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